Nasceu em Kiskomárom (hoje Zalakomár), na Hungria, em 9 de setembro de 1887.
Aos 38 anos, deixou tudo para entrar definitivamente no Carmelo. Após a ordenação, foi nomeado mestre de noviços e, nessa função, manifestou-se admiravelmente como pai, irmão, diretor espiritual, educador nas relações com seus alunos.
Tornou-se famoso na Hungria, tanto como pregador como confessor, vindo a ser diretor espiritual de várias autoridades eclesiásticas. Em 1950, seu padre provincial lhe deu um mês de férias para que escrevesse a história de sua vida, respondendo principalmente à pergunta de fundo, isto é, qual a influência da Virgem Maria em sua alma. Pôde, assim, revelar melhor a si mesmo, voltando o olhar para os tempos de sua juventude.
A supressão das Ordens religiosas em 1950 o obrigou a deixar o convento, mas sua esperança era sólida e, de acordo com alguns testemunhos recolhidos, via-se que ele demonstrava uma segurança e uma certeza totalmente incompreensíveis à maior parte dos religiosos. Fez, inclusive, um voto de amor, convicto de que nada podia separá-lo do amor de Deus.
Padre Marcelo teve que adaptar-se a viver em família, dividindo o quarto e devendo praticar uma pobreza ainda mais estrita que aquela do convento. Não podia pregar nem celebrar missa (o que fez às escondidas). Perdeu a audição, mas, mesmo doente, não se sentia inútil; antes, procurava ser mais receptivo às notícias de fora, sem ficar preso ao seu mal. Absorvia as novidades que chegavam de Roma. Em particular, escrevia em seu diário os discursos papais, as intuições dos padres conciliares acerca da reforma litúrgica e da revalorização do papel dos leigos no interior da Igreja.
Morreu em 29 de maio de 1966, em Budapeste, ao despontar o domingo de Pentecostes, a festa do Amor divino. Os confrades viram nessa coincidência um sinal inequívoco de que a Santíssima Trindade o acolhera em seu seio.
O decreto sobre as virtudes heroicas foi promulgado em 9 de dezembro de 2013.