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sexta-feira, 22 março 2024 21:21

Zaccaria di S. Teresa

Seu nome era Zacarias Salterain Bizkarra e nasceu em Abadiano (Vizcaya – Espanha) em 4 de novembro de 1887. Fez os primeiros estudos no colégio dos jesuítas de Durango, na Espanha. Aos 15 anos, entrou no noviciado dos carmelitas descalços, onde professou os votos em 12 de setembro de 1904, assumindo o nome de Zacarias de Santa Teresa.

Frequentou os cursos de Teologia e Filosofia nas cidades espanholas de Bilbao-Begoña, Vitoria e Pamplona, para prosseguir sua especialização em Roma, onde foi ordenado sacerdote no dia 14 de julho de 1912.

Foi quase imediatamente enviado ao vastíssimo campo missionário da Índia e destinado ao seminário apostólico de São José, na cidade de Puthempally. Dali foi transferido para Alwaye, no estado indiano de Kerala, aonde chegou em 20 de novembro de 1912, com o encargo de ensinar filosofia, especialmente a hinduísta, da qual se tornou grande especialista.

Aos 26 anos, em 1913, foi nomeado prefeito dos estudantes de filosofia; sua rápida e meritória carreira entre os estudantes superiores o conduziu a tornar-se, aos 47 anos – em 1934 – diretor espiritual do Instituto. Em 1945, tornou-se vice-reitor do Seminário Maior de Alwaye, que chegara a ser frequentado por mais de 700 seminaristas maiores dos três ritos cristãos existentes na Índia – o latino, o malabar e o malankar – e de diversos institutos religiosos.

Por fim, em 1955, aos 68 anos, foi designado diretor do novo edifício destinado aos filósofos: cargo que ocupou por dois anos, isto é, até a morte. Sua obra de carmelita missionário se realizou praticamente toda no ensino e formação de gerações de jovens sacerdotes indianos que, mesmo nas diferentes formas de culto cristão, típicas do subcontinente indiano ao qual pertenciam, reconheceram unanimemente nele o guia seguro, o teólogo e filósofo insigne, o pai espiritual de seu jovem sacerdócio.

Mas Padre Zacarias de Santa Teresa não se distinguiu só pelo ensinamento; foi, sobretudo, um homem apostólico de grande fé, com um espírito de piedade e ardente zelo para chegar à conversão das almas; além disso, foi um corajoso diretor de seminário.

Foi também autor dos Studies on Hinduism, em 5 volumes que recolhiam as lições das várias matérias que ensinava e que publicou em jornais. Sempre no Seminário, deu vida à Associação Sacred Heart Conversion League, dedicada à oração e à penitência; à editora com sede no Seminário; a três publicações periódicas próprias e uma série de opúsculos de difusão popular sobre apologética e formação doutrinal e espiritual.

Sempre solicitado por todos, também pelos não-cristãos, espalhava sem distinção bondade e socorros, no limite do possível. Com sua simplicidade evangélica, disponibilidade generosa, integração ao ambiente e mentalidade indianos, caridade, oração e pobreza, junto com sua preparação cultural, tornou-se a figura do missionário santo, honrando o hábito dos carmelitas descalços, aos quais pertencia.

Foi teólogo no primeiro Concílio plenário da Índia, comissário apostólico dos terciários carmelitas descalços de rito latino, colaborador eficaz de vários periódicos.

Em 1957, quando tinha 70 anos, foi transferido a Vellore, onde foi operado de um tumor abdominal que nos últimos tempos minara violentamente sua vida e atividade; mas se tratava de um mal maligno e, pouco depois, sem lamentar-se, rezando e entregando-se completamente a Deus, faleceu em 23 de maio de 1957.

Seus funerais foram solenes, com a participação de oito bispos, trezentos sacerdotes e quatrocentos seminaristas. Foi sepultado no cemitério do Seminário. Desde então, o túmulo de Padre Zacarias se tornou lugar de peregrinação.

O decreto sobre as virtudes heroicas foi promulgado em 27 de janeiro de 2014.

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