Mártires coreanas
Godelieve Devriese nasceu em 12 de fevereiro de 1889, em Flandres (Bélgica).
Cresceu apenas com a mãe e, junto com as irmãs, trabalhava como costureira.
Ao crescer, apaixonou-se pela vida espiritual; e, em 21 de novembro de 1906, entrou na Ordem do Carmelo em Ypres, recebendo o nome religioso de Maria Matilde do Santíssimo Sacramento.
Emitiu os votos em 14 de dezembro de 1908. Era uma mulher cheia de discernimento e de serviço, no espírito do amor fraterno.
Quando o convento de Ypres foi fechado por causa da primeira guerra mundial, transferiu-se para o mosteiro de Aire-sur-l’Adour. Passados dois anos, foi à Turquia, mas também ali, por causa da guerra, o convento foi fechado. Retornou à França, onde foi eleita madre priora por seis anos.
Um dia, a pedido da Igreja coreana, que solicitava o envio de alguma Irmã ao país, quando deixou o cargo de priora, partiu para a Coreia em 1939, em companhia de Irmã Maria Madalena. Em Seul, aprendeu a língua coreana com as Irmãs Paulinas; e, em 25 de março de 1940, fundou o primeiro mosteiro.
Em 1949, entregou à Irmã Maria Teresa o cargo de madre priora e, no ano seguinte, estourou a guerra coreana. Irmã Maria Matilde, que já antes vivera duas guerras, dessa vez decidiu permanecer em seu posto, confiando em Deus.
Em 15 de julho de 1950, junto com os sacerdotes e as Irmãs, foi presa pelos militares norte-coreanos, condenada e transferida ao campo de concentração de Pyeongyang. Contraiu pneumonia por causa do frio e do cansaço da viagem e, sobretudo, pelos maus-tratos dos militares.
Assim que chegou a Hachang-li, não obstante os cuidados por parte de Irmã Maria Teresa, morreu acompanhada pelas orações dos irmãos cristãos, em 8 de novembro de 1950.
Irène Bastin nasceu em 5 de julho de 1901, em Saint Vinvent (Luxemburgo).
Sua família era cristã.
Ao estourar a primeira guerra mundial, seus pais foram presos e ela se tornou chefe de família.
Após a guerra, em 16 de julho de 1919, entrou na Ordem do Carmelo, recebendo o nome religioso de Teresa do Menino Jesus. Com plena dedicação, consagrou sua vida durante 20 anos em Virton.
Em 7 de maio de 1940, Irmã Teresa foi transferida ao convento de Seul, na Coreia; e, em 17 de outubro de 1949, tornou-se priora. No ano seguinte, estourou a guerra coreana. Foi presa com os outros sacerdotes e as Irmãs. Foram todos deportados ao campo de concentração de Pyeongyang.
De lá foram para Junggang-jin. Nessa viagem dura e fria, acompanhando e servindo Irmã Maria Matilde, adoeceu e, alguns dias depois da morte de sua coirmã, retornou ao Pai em 29 de novembro de 1950. Tinha apenas 49 anos.